quarta-feira, 15 de julho de 2015

River Plate mostrando para o elenco do São Paulo o que o Osório quer

Caros Botequeiros (não confundam com outras coisas, safados!)

Ontem tivemos o primeiro jogo das semifinais do melhor campeonato do mundo entre clubes: A Libertadores da América. Sim, o melhor. Foda-se Champions League e seu joguinho bonito, a pegada é pé alto na canela, bola na arquibancada, cotovelada na nuca e dedo no zóio!

Mas hoje o texto é para que ainda não entendeu o que o técnico Juan Carlos Osório está fazendo no São Paulo. 

São Paulino, é um torcedor chato (e eu me incluo nesse meio), e já ouvi torcedores comparando o colombiano com Paulo Cesar Carpegiani (que Deus o tenha), chamando-o de "Professor Pardal".

Mas quem viu ontem o River Plate de Marcelo Gallardo (que foi um puta meio campista, não é corintiano?), pode entender o que Osório quer.

Para mim, uma grande surpresa como técnico. Tão bom quanto em campo. Terá muito futuro como treinador.
No primeiro tempo, os Milionários jogaram em um 4-3-1-2, com um volante fixo, dois que saem para o jogo, e um armador, dentro de um posicionamento desse meio de campo como um losango. Um clássico da tática do futebol.

Contudo, estava-se perdendo o meio de campo, pois o Guarani, um time muitíssimo bem formado, jogava em um 4-5-1, e estava ganhando a meiuca, fazendo com que o River não apresentasse boas jogadas. O time paraguaio, chegou até a propor o jogo em determinado momento.

Chegou o segundo tempo, Gallardo percebeu isso e mexeu no time. Tirou o interminável Lucho Gonzales e colocou Martinez, um meia de criação. Mas não foi só essa mudança. Kranevitter (não sei se escrevi certo, maaaas), foi recuado como líbero, Sanches e Ponzio como volantes um pouco mais recuados que saíam bem, liberou os alas, e deu liberdade para Martinez e Rodrigo Mora infernizar em todos os lados do campo.

Resultado, em bola parada, gol do lateral direito Mercado, após passe de Martinez com um belo gol de cabeça, e depois um lançamento de Kranevitter, Alario (ótimo centro avante) desviou a bola, tocando para Rodrigo Mora, que fez uma pintura de gol, para delírio da torcida Milionária no Monumental de Nunes.

E qual o exemplo para com o que o Osório quer? Lembra do lance de 3 zagueiros? Então, é essa a mudança tática! Quando se perde no meio de campo, deve se congestionar durante o jogo, pois o que manda, meu chapa, é a meiuca! 

Ontem, o River saiu de um 4-3-1-2 para um 3-2-3-1-1, empatando numericamente a quantidade de jogadores em campo, e possuindo mais qualidade de jogadores, ganhou o meio campo, e o jogo.

Osório, um cara que me agrada muito, propõe isso no São Paulo. Não é nada de "Professor Pardal", como alguns sugerem. É uma mudança tática durante o jogo, para confundir o adversário. E isso é um ótimo elemento surpresa, pois o modo de marcar muda. 

Juan Carlos Osório, um dos melhores técnicos na atualidade. Tem a missão de fazer o São Paulo jogar em um país que se tem um puta preconceito com técnicos gringos, o que é mais um gol da Alemanha.
Nos últimos jogos do São Paulo, vemos isso acontecer com uma certa frequência, mas a maioria ainda não entendeu bem. Rodrigo Caio, voltou para fazer a linha de 3 zagueiros, liberou Thiago Mendes e Reinaldo (mel dels) para apoiar, com Hudson, Michel Bastos (fazendo uma função quase que de volante), Ganso (alguém o acorde) que na teoria era para criar as jogadas, Pato mais recuado e caindo para o meio, e Luís Fabiano fazendo o pivô, ou Centurión (o dibrador do futuro) como "falso nove".


Então meus caros, vimos ontem o que o Osório quer para o São Paulo, vendo o jogo do River Plate. Contudo, o tricolor paulista (apesar de ter Reinaldo), tem um time melhor que os 'hermanos'. Logo, se der certo o que o colombiano e suas canetas querem, o torcedor são paulino terá muito que comemorar.


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